31 julho 2011

A ALEGRIA É A PROVA DOS NOVE!!!


é preciso criar algo tão ou mais forte do que aquilo que queremos destruir...chega de pequenos "ditadorezinhos" nos postos de comando...essas "tias velhas" do phoder público tem que cair e dar passagem para o novo!!!

"...só a antropofagia nos une...socialmente, economicamente e filosoficamente"


...é importante saber que o coletivo precede o individuo...vamos sair do "EU"...vamos cortar o cordão umbilical...e nos nutrirmos com as coisas do mundo...vamos celebrar coletivamente o "Nós"...sem gula...mas com apetite!!!


...POIS ENTÃO MEU POVO E MINHA POVA...tá na hora de reunir a tribo e fazer as coisas acontecerem!!!o teatro é o centro da taba...é lá que as coisas acontecem...e os mistérios se tornam ritos...é preciso transformar o tabu em totem...e acima de tudo...é preciso não dar de comer aos urubus!!!
e viva o matriarcado de Pindorama!!!

24 julho 2011

Dialogos Brancaleonicos...refle(x)ação !!!


...pois então, depois do encontro de ontem (encontro livre de artistas de guarulhos) que no meu entender foi um passo muito importante dado no sentido de criar de fato uma discussão sobre a política pública para cultura (ou a falta de)...reli esse texto do Saramago e acho que tem muito a ver com parte do que foi dito no encontro...

ONDE ESTÁ A ESQUERDA?

Vai para três ou quatro anos, numa entrevista a um jornal sul-americano, creio que argentino, saiu-me na sucessão das perguntas e respostas uma declaração que depois imaginei iria causar agitação, debate, escândalo (a este ponto chegava a minha ingenuidade), começando pelas hostes locais da esquerda e logo, quem sabe, como uma onda que em círculos se expandisse, nos meios internacionais, fossem eles políticos, sindicais ou culturais que da dita esquerda são tributários. Em toda a sua crueza, não recuando perante a própria obscenidade, a frase, pontualmente reproduzida pelo jornal, foi a seguinte: "A esquerda não tem nem uma puta ideia do mundo em que vive". À minha intenção, deliberadamente provocadora, a esquerda, assim interpelada, respondeu com o mais gélido dos silêncios. Nenhum partido comunista, por exemplo, a principiar por aquele de que sou membro, saiu à estacada para rebater ou simplesmente argu-mentar sobre a propriedade ou a falta de propriedade das palavras que proferi. Por maioria de razão, também nenhum dos partidos socialistas que se encontram no governo dos seus respectivos países, penso, sobretudo, nos de Portugal e Espanha, considerou necessário exigir uma aclaração ao atrevido escritor que tinha ousado lançar uma pedra ao putrefacto charco da indiferença. Nada de nada, silêncio total, como se nos túmulos ideológicos onde se refugiaram nada mais houvesse que pó e aranhas, quando muito um osso arcaico que já nem para relíquia servia. Durante alguns dias senti-me excluído da sociedade humana como se fosse um pestífero, vítima de uma espécie de cirrose mental que já não dissesse coisa com coisa. Cheguei até a pensar que a frase compas¬siva que andaria circulando entre os que assim cala¬vam seria mais ou menos esta: "Coitado, que se poderia esperar com aquela idade?". Estava claro que não me achavam opinante à altura.
O tempo foi passando, passando, a situação do mundo complicando-se cada vez mais, e a esquerda, impávida, continuava a desempenhar os papéis que, no poder ou na oposição, lhe haviam sido distribuídos. Eu, que entretanto tinha feito outra descoberta, a de que Marx nunca havia tido tanta razão como hoje, imaginei, quando há um ano rebentou a burla cancerosa das hipotecas nos Estados Unidos, que a esquerda, onde quer que estivesse, se ainda era viva, iria abrir enfim a boca para dizer o que pensava do caso. Já tenho a explicação: a esquerda não pensa, não age, não arrisca um passo. Passou-se o que se passou depois, até hoje, e a esquerda, cobardemente, continua a não pensar, a não agir, a não arriscar um passo. Por isso não se estranhe a insolente pergunta do título: "Onde está a esquerda?". Não dou alvíssaras, já paguei demasiado caras as minhas ilusões.

José Saramago

...pois então, vejam se as coisas não passam um pouco por aí???

beijim e evoé !!!

05 julho 2011

anda anda anda...


ir...


ir...


ir...


ir indo!!!

04 julho 2011

PROVOCAÇÃO??? POR VOCAÇÃO??? PROVOCA(R)AÇÃO???



...pois então, segue uma pequena contribuição nossa a partir da leitura de um texto de Dario Fo sobre o oficio do ator...cabe aqui uma reflexão, sobretudo para aqueles que se submetem ao poder estabelecido a espera de reconhecimento, prestigio, lucro (status)..."submissão não é sinal de humildade, e sim fraqueza"

"O ATOR QUE MORRA!"

É necessário reconhecer que, embora algumas companhias inde¬pendentes gozassem de respeito e consideração, outras viviam e traba¬lhavam em completa submissão. Seus atores eram considerados proprie¬dade, inclusive física, de príncipes e senhores, estando sujeitos aos ca¬prichos dos mesmos, em situação semelhante à que existe atualmente entre jogadores de futebol e os seus respectivos clubes, mas sem nem mesmo fazer jus ao pagamento de luvas pela sua contratação. O trata-mento dispensado aos atores, em virtude das arbitrariedades possíveis na época, era ainda pior... Se o cômico cometia alguma falta, por menor que fosse, em relação a um compromisso qualquer, o duque Magnifico o trancafiava em uma cela por tempo indeterminado... e não tinha a menor consideração por sua vida.
Em relação a isso, é suficiente ler Tessari em um de seus textos sobre a Commedia: ao escutar comentários em louvor ao extraordinário talento de um idoso cômico da companhia de propriedade do duque de Mântua, o rei da Fiança deseja tê-lo consigo em Paris. Apesar de o ator estar gravemente doente, o duque exige que ele se levante do leito e dirija-se a Paris sem maiores delongas. O médico do palácio intervém, rogando pela clemência do duque: "O pobre homem está com a saúde muito abalada... É bastante provável que ele não consiga resistir à via¬gem". A resposta do Magnífico: "Prefiro correr o risco de vê-lo bater as botas, em vez de permitir que o rei dos franceses suspeite de que não lhe quis conceder um favor". Mesmo febril, o cômico tão desejado pelo rei é obrigado a partir... e, como o médico havia previsto, durante a travessia de São Bernardino, ele morre. A cortesia venceu! O rei da França ficará comovido pelo gesto de sublime sacrifício de seu generoso vassalo, o duque de Mântua. Obviamente, generoso à custa da vida de um ator.
(Dario Fo)

mas a gente pode rir...a gente pode rir...a gente pode rir!!!

03 julho 2011

um passo a frente e ... você não está mais no mesmo lugar!!!


...pois então, fomos prá rua e essa foi a impressão da Ana Morakes (Jubaléia)

A ida pra rua no dia 02 de julho de 2011 foi bem diferente das experiências anteriores. Um grupo pequeno mergulhado numa grande, enorme São Paulo - cidade que inibe os artistas de se apresentarem nas ruas, nas praças, nos metrôs e os proíbe de angariarem o sustento com seu trabalho. Quem disse que São Paulo é a terra das oportunidades? Cercada de polícia em todos os lugares e que impede qualquer tipo de aglomeração em prol da ordem estabelecida.
Em São Paulo é preciso pagar, e pagar caro, para assistir teatro; ele está cada vez mais elitizado. Nem por isso deixamos de cumprir o papel quixotesco de lutar contra os moinhos de vento, e partimos. Fizemos. Passeamos, brincamos, alegramos, rimos e fizemos rir. A proximidade com o público em situações inusitadas é sempre enriquecedora. Na rua, as pessoas não estão preparadas e toda situação que daí surge é uma prova. Que fazer diante de um sorriso, de um olhar curioso, de um comentário, de uma rejeição? Só na prática saberemos. De nada adiantam os manuais sem a experiência... é preciso ir e “fazê”! Até porque vivemos em tempos “em que falar de arvores é quase um crime” e “rir é praticar bullying”. Muitas pessoas reagem ao riso como reagem a uma ofensa; diante de uma realidade tão séria, chata, opressora, violenta, a alegria virou uma ofensa grave - outro moinho a ser combatido! Sejamos ridículos! Vamos celebrar e cultivar o riso e também a arte. Mas não um
riso nem uma arte descomprometidos, que reproduzem preconceitos e discriminação, e sim que se posicionem diante dessa realidade. E se posicionar é ocupar um lugar no mundo e o mundo foi feito pra ser ocupado. É preciso estar onde ninguém quer estar, é preciso fazer o que muitos não querem fazer, é preciso aproximar do teatro e da arte em geral aqueles que estão marginalizadas por uma elite artística que, na maioria das vezes, se quer faz arte. O teatro precisa resgatar sua capacidade de aproximar, de fazer pensar, de transformar... O teatro ata, e não desata... e ao invés de fazermos pose de artistas, precisamos assumir esse papel. Vam fazê! BRANCA! BRANCA! BRANCA!

vam fazê!!! e quem quiser que nos siga!!!

Evoé Jubaléia!!!

Cuidado que ainda está quente!!

É um absurdo o tédio da vida moderna !!!
E nós resolvemos fazer um blog - ou seria um diário?- de galhofa para galhofeiros.
Dois pontos, entre outros, são difíceis nesta façanha:
Primeiro, a concorrência com o nosso maior plagiador "Cirque du Soleil" e segundo fazer galhofa num país onde ultimamente todo mundo se leva terrívelmente à sério.
Não! Não vamos desperdiçar seu "valioso tempo" narrando as desventuras desse esfarrapado exército contra o gigante deus do Mercado... pois você não entrou nesse diário - ou seria um blog? - para ouvir lamúrias e nem vamos achar que humor é coisa tão importante a ponto de derrubar o governo de Omã, se é que lá tem governo.
Queremos com esse diário-revista-jornal-blog-gibi apenas cutucar embaixo do braço do ser humano pra ver se o "infeliz" acorda !!

Ass: Brancaleone
Somos um exército de feios, sujos e esfarrapados...palhaços de um circo sem lona que tem o Sol, a Lua, a Chuva, a Rua, a Praça e o Povo... Que são espectAtores daquilo que realizamos...